Olá papás!
Encontramo-nos em pleno Inverno, altura de grande circulação de vírus e consequentemente de infeções respiratórias nas crianças que tantas dores de cabeça nos dão! Um desses exemplos é a bronquiolite aguda.
Causa
É uma doença respiratória que atinge crianças com menos de dois anos de idade, que se caracteriza pela inflamação e obstrução aguda das vias áreas inferiores provocadas por vírus, na sua maioria o Vírus Sincial Respiratório. Surge no período de outubro a abril, a época de maior circulação deste vírus, mas como existem centenas de vírus é frequente haver várias infeções e coinfecções durante este período.
Habitualmente, surge em contexto de infeção respiratória nos conviventes (creche ou família) e a transmissão dos vírus ocorre através do ar ou contacto com as secreções, como na partilha de objetos ou brinquedos.
Sintomas
Habitualmente apresenta-se com um quadro inicial de obstrução nasal e “ranho” que dura alguns dias. Cerca de 3 a 5 dias depois surge a tosse que é inicialmente seca e depois com expetoração, podendo agravar e surgir dificuldade respiratória, dificuldades na alimentação e pieira (‘chiadeira, piar, gatinhos’). Pode ou não provocar febre. No geral, durante cerca de 2 semanas, mas a tosse pode persistir mais tempo.
Tratamento
Tratando-se de uma infeção vírica, o tratamento assenta no alívio dos sintomas, não estando recomendada a administração de antibióticos.
Assim, deve reforçar a hidratação do bebé, fazer uma boa higiene nasal, aspiração de secreções (sempre que necessário) e elevar a cabeceira da cama.
Pode também ser necessário fracionar a alimentação, dando de comer ao bebé mais vezes e em menor quantidade.
Em casos graves, e apenas em meio hospitalar sob prescrição médica, poderá estar indicada a prescrição de broncodilatadores e/ou outros fármacos, não necessários na maioria dos casos de bronquiolite ligeira.
Sinais de alarme
Na maioria dos casos, a bronquiolite aguda é uma infeção ligeira e autolimitada, não deixando sequelas para os bebés. No entanto, há alguns sinais de alarme que devem motivar a observação médica do bebé:
• Dificuldade respiratória (respiração ofegante, covinhas entre as costelas).
• Dificuldade ou recusa na
alimentação.
• Tosse muito persistente que provoca vómitos ou deixam o bebé roxo.
• Febre elevada.
• Mau estar geral e prostração.
Prevenção
A melhor forma de prevenir esta doença, tal como a maioria das infeções respiratórias na infância, é lavar as mãos com frequência, evitar
locais com muita gente e pouca ventilação, evitar o contacto próximo com pessoas doentes, cumprir o plano de vacinação e manter o aleitamento materno.
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