Olá papás!
Hoje venho falar do tema do momento, o coronavírus! Há muitas dúvidas, informação e contrainformação e por isso o objetivo é procurar responder às questões mais frequentes acerca da doença na criança, de forma a que se encontrem melhor informados, menos alarmados e saberem como agir.
Em dezembro de 2019, foi descoberto na China um novo vírus da família
coronoviridae, o SARS-CoV-2, responsável por uma doença intitulada
COVID-19 que se apresenta de forma semelhante a uma gripe comum podendo, contudo, provocar doença mais grave como pneumonia com insuficiência respiratória.
Como se transmite o vírus?
O vírus é transmitido pelo contato direto com gotículas respiratórias de uma pessoa infetada geradas através da tosse, espirros e pelo contacto das mãos com superfícies contaminadas com o vírus (e posterior contacto das mãos nos olhos, boca ou nariz).
Pode-se transmitir durante a gravidez?
Ainda não se sabe se uma mulher grávida com COVID-19 pode transmitir o vírus ao feto ou ao recém-nascido por transmissão vertical (antes, durante ou após o parto). No entanto, nos poucos estudos publicados acerca deste tema, que incluem grávidas infetadas no terceiro trimestre, não há relatos de transmissão para o feto/recém-nascido. Além disso, o vírus não foi detetado em amostras de líquido amniótico, de sangue do cordão umbilical, ou no leite materno.
Que sintomas pode provocar?
Após o contacto com uma pessoa infetada,
o vírus tem período de incubação médio de 5 dias (2-14 dias). Posteriormente, as crianças podem permanecer assintomáticas ou apresentar sintomas respiratórios, habitualmente ligeiros, indistinguíveis de outras doenças víricas, como obstrução nasal, rinorreia (“ranho”) e tosse. Outros sintomas frequentes são a diarreia e as dores de cabeça. A febre é menos frequente do que no adulto (menos de metade das crianças).
A doença é mais grave nas crianças?
A maioria dos casos confirmados de COVID-19 relatados ocorreu em adultos, sendo
a incidência da doença na criança de apenas 2,4%. A gravidade, morbilidade e a mortalidade da doença parecem ser menores na criança: a maioria das crianças e adolescentes infetados com COVID-19 apresentou doença ligeira (semelhante a gripe), menor taxa de complicações associadas à doença e não há mortes relatadas em idade pediátrica. Tal pode resultar do facto de na criança serem menos frequentes as doenças crónicas, serem no geral mais saudáveis, e possuírem um sistema imunitário inato mais ativo que no adulto e, por isso, mais eficaz na defesa do organismo contra este novo vírus.
Qual é o tratamento?
Tal como a maioria das infeções provocadas por vírus não há um tratamento específico. O tratamento é apenas dirigido aos sinais e sintomas apresentados.